Tradicionalistas de FW são homenageados com o Mérito Farroupilha Barril
Sessão Ordinária ocorreu no Parque de Exposições, durante a programação do 44º Acampamento Farrapo de FW (Créditos: Foto Marin/Divulgação)
Mais cinco incentivadores da cultura gaúcha no âmbito de Frederico Westphalen foram reconhecidos pelo Poder Legislativo, em Sessão Ordinária realizada na terça-feira, 17, no Parque de Exposições. A entrega da honraria ocorreu no Centro de Eventos Municipal Barril Parque (CEMBAP), durante a programação do 44º Acampamento Farrapo de FW, e reuniu vereadores, homenageados e seus familiares, além de representantes do Executivo Municipal, CTG Rodeio da Querência, Piquete Alto Alegre, Associação Farroupilha Frederiquense, 28ª Região Tradicionalista, Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e comunidade em geral.
Receberam a 3ª edição do prêmio, instituído pelo Legislativo Municipal em 2022, os tradicionalistas Jorge Luiz Carvalho, Ordalena Ues Bassanello, Zélia Maria Pinheiro Chiele e o casal Marcelino Rizzotto e Alda Pazuch Rizzotto. Seu Marcelino e Dona Alda não puderam estar presentes por motivos de saúde, por isso a entrega das placas será feita nas próximas semanas, em data a ser marcada.
Em nome dos homenageados, Carvalho agradeceu o reconhecimento da Câmara de Vereadores. “Muito obrigado a todos. O que nós fizemos foi dar continuidade a história dos nossos antepassados. O tradicionalismo é isso, precisa seguir em frente, de geração para geração”, destacou.
Sessão Ordinária
Por meio de uma Resolução de Mesa, a Sessão Ordinária da Câmara foi deslocada para o Parque de Exposições, para permitir que a homenagem integrasse a programação do Acampamento Farrapo de FW e a comunidade tradicionalista. No ano passado, o Poder Legislativo também já havia feito esse movimento, realizando a Sessão na Praça da Matriz, até então o palco das festividades farroupilhas do município.
A escolha dos homenageados
Os nomes foram indicados e definidos por um colegiado formado por um representante do CTG Rodeio da Querência, Piquete Alto Alegre, AFF, 28ª RT, Câmara de Vereadores e Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Histórico dos homenageados
Jorge Luiz Carvalho
Jorge Luiz Carvalho, nascido em 23 de janeiro de 1965, em Frederico Westphalen, filho de Oralino Carvalho e Benildes Leite Carvalho, irmão de Clemi, Roselei e Joel, casou-se em 28 de agosto de 1986 com Sonia Maria Carvalho, com quem teve dois filhos Guilherme e Heloise, e um neto, Miguel.
Iniciou o contato com o tradicionalismo morando nas proximidades do senhor Henrique Pereira dos Santos, um dos fundadores do CTG Rodeio da Querência, em 1973, começando a participar com seu pai, família e amigos do movimento tradicionalista, na posterioridade casando-se na sede do CTG Rodeio da Querência.
Foi patrão da Sede da Campeira por duas vezes, entre 2015 e 2016 e na sequência tornou-se Patrão do CTG da Querência em 2017, sendo vice-patrão por duas vezes anteriormente.
Seu Jorge, empresário, atualmente Conselheiro do CTG, tem ligação à entidade hoje em dia pela sua esposa confeccionar as indumentárias gaúchas em geral e pela amizade que tem com os peões e prendas da entidade, participando assiduamente dos Acampamentos Farrapos de Frederico Westphalen.
Ordalena Ues Bassanello
Nascida em 30 de junho de 1947, em Iraí, Ordalena residia no interior, na Barra da Cortiçeira. É filha de Avelino Ues e Paulina Zablaski Ues, e irmã de Célio, Élio, Nelson e Valdir, além de Adélia (in memoriam).
Mudou-se aos 17 anos para Frederico Westphalen junto com a família e casou-se posteriormente com Avelino Bassanello (in memoriam), com quem teve três filhos, Valdinei, Rudinei e Cláudia, e quatro netos, Valentina, Martina, Antonella e Vicente.
Ao longo de sua vida, trabalhou com pai e mãe no comércio e também como costureira. Ao lado de seu esposo, cuidava da casa e dos filhos e ainda vendia produtos e costurava. Hoje, é pensionista e participa da Maturidade Ativa do Sesc, sendo uma das fundadoras há 15 anos.
Iniciou sua relação com o tradicionalismo gaúcho em razão do seu pai, que era sócio do CTG Minuano de Irái. Já em Frederico Westphalen, foi convidada, juntamente com os irmãos, a participar do CTG Pé No Chão, na época pela família do Henrique Caovilla, patrão da entidade, para participar do grupo de dança, sendo a 1ª Prenda do CTG Pé No Chão por 4 anos.
Participando do grupo de dança gauchesco, se apresentavam no antigo Cine Floresta, onde hoje é a cripta da Catedral Santo Antônio.
Quando casada, os filhos começaram a participar também dos grupos mirins de dança, com a família entrando para o CTG Rodeio da Querência, seguindo a participação em família no tradicionalismo gaúcho.
A sequência da participação de Ordalena no tradicionalismo foi “nos bastidores”, auxiliando na confecção e no cuidado da indumentária gaúcha dos grupos de invernada que participavam dos Enart’s na década de 2000, confeccionando o macramê, nas indumentárias masculinas dos dançarinos do CTG. Dona Ordalena sempre cooperava com as ornamentações no CTG, principalmente por vários anos do Sarau de Prendas e demais eventos do CTG, jantares e outras festividades.
Depois de alguns anos participou do início do grupo de dança gauchesca junto ao Grupo Maturidade Ativa do Sesc fundado por Judite Caovilla Ues e demais integrantes, formado apenas por prendas.
Na atualidade, acompanha as apresentações gauchescas de CTG em eventos do tradicionalismo gaúcho como uma incentivadora que no passado cooperou com a entidade gaúcha do CTG Rodeio da Querência em Frederico Westphalen!
Zélia Maria Pinheiro Chiele
Filha de Carlos Nunes Pinheiro e de Celina Maria Felini Pinheiro, Zelia é natural de Frederico Westphalen. Foi casada com Iracildo João Chiele (in memoriam), com quem teve dois filhos, Cristiano Chiele (in memoriam) e Vinicius Chiele.
Inseriu seus filhos no CTG Rodeio da Querência desde pequenos, sempre os incentivando e participando dos eventos do CTG e das invernadas artísticas, ajudante na cozinha do CTG em almoços e jantares, e acompanhando seus filhos nos ensaios e apresentações artísticas, rodeios e Enart.
Dona Zélia nunca mediu esforços para fazer o que os grupos e dançarinos gaúchos precisassem, se tornou a “Tia da Invernada Adulta”, onde cuidava dos dançarinos, das indumentárias, da alimentação, do emocional dos jovens e dos cuidados médicos.
Alda Pazuch Rizzotto e Marcelino Rizzotto
Marcelino Rizzotto nasceu em 09 de agosto de 1941, em Passo Fundo, mas é frederiquense de coração. Filho de Angelo Rizzotto e Dileta Enderle Rizzotto, foi peão do CTG Pé no Chão, duas vezes patrão do CTG Rodeio da Querência, em 1995 e 1996, do qual por anos participou da patronagem da entidade gauchesca. Ao lado de sua esposa, Alda Pazuch Rizzotto, o casal foi professor de dança de salão gauchesca por mais de 30 anos, formando cerca de 5 mil alunos.
Em 2023, foram os patronos do 43º Acampamento Farrapo de Frederico Westphalen. Seu Marcelino também foi presidente da APAE por seis anos, entre 2008 e 2013. Ainda como contribuição, fez parte da Comissão que adquiriu a sede da campeira, juntamente de outros tradicionalistas gaúchos na década de 1990.
Já Alda Pazuch Rizzotto nasceu em 06 de fevereiro de 1949, em Frederico Westphalen, filha de Luiz Pazuch Sobrinho e Onorina Girardi Pazuch. Conheceu o CTG somente depois de casada, quando Seu Marcelino já fazia parte do tradicionalismo. Foi aí que a Dona Alda começou a fazer a sua pilcha e foi no primeiro jantar gauchesco no Clube Harmonia. Amante da dança, sempre participou dos cursos de dança do CTG.
Também fez parte da patronagem do CTG Rodeio da Querência, como patroa, ao lado de Marcelino, além de participar na organização e vivenciar o Sarau de Prendas do CTG. Alda conta que participava de muito bailes de CTG da região, juntamente da gauchada que se locomovia através de ônibus para participar das festividades.
Casados há quase 60 anos, tiveram duas filhas Marcia Regina e Andrea, além de tem três netos, Laís e Pedro e Dora.
Nascido e criado em uma família apaixonada pelo tradicionalismo gaúcho, Marcelino Rizzotto, começou como frequentador de bailes, rodeios e demais eventos e hoje, ao lado da sua esposa Alda, o casal em si é reconhecido no cenário gauchesco inspirando outros a seguirem o mesmo caminho de cultuar o tradicionalismo da cultura gaúcha.