Poder Legislativo valoriza professores com a Condecoração Mérito Educacional Barril
“Aos professores, com carinho”! Com esses dizeres escritos de giz em um quadro negro, juntamente com o nome de cada um dos homenageados, o Poder Legislativo de Frederico Westphalen acolheu na noite da quarta-feira, 26, a comunidade frederiquense para a Sessão Solene de entrega da Condecoração Mérito Educacional Barril.
Para tornar esse momento ainda mais especial, o Plenário Hilário Piovesan também foi ornamentado como uma sala de aula, contendo elementos que representam o dia a dia do educador e também de diferentes profissionais, aliás o professor é a profissão que forma todas as outras profissões.
Além dos vereadores, prestigiaram a Sessão Solene o prefeito José Alberto Panosso; a secretária municipal de Educação, Rosane Maria Loose; a coordenadora da 20ª Coordenadoria Regional de Educação, Jô do Carmo; a diretora da URI/FW, Silvia Regina Canan; a vice-diretora da UFSM-FW, Eliane Pereira dos Santos; o diretor do IFFar-FW, Bruno Boniatti, bem como os 12 professores homenageados, com seus familiares e amigos; diretoras e docentes das escolas estaduais e municipais e demais representantes da comunidade.
Discursos reconhecem a importância do ser professor
Representando a Rede Municipal de Ensino, Rosane agradeceu aos professores pelo exemplo e generosidade com que compartilham o conhecimento todos os dias. “Professor é inspirar, ser um profeta do tempo e um poeta eternizado no verbo amar, conjugado em todos os tempos e modos”, frisou a secretária.
Jô do Carmo, que representou a Rede Estadual, parabenizou o Poder Legislativo pela iniciativa dizendo que a honraria vai marcar a história e o calendário do município de Frederico Westphalen. “Quando o professor vai para sala de aula, ele procura dar o melhor de si e fazer bem seu trabalho, sem esperar agradecimentos, mas ao final, quando você faz e desempenha com maestria sua função, você recebe o reconhecimento, colhe as flores. Parabéns, vereadores, vocês fizeram o que o professor diz: faz o dever de casa”, destacou a coordenadora da 20ª CRE.
Em seguida, um representante de cada bancada da Câmara também foi à tribuna para discorrer sobre a honraria. “É sempre importante homenagear alguém que por aqui passou, mas neste momento nosso reconhecimento ganha um relevo até maior do que as homenagens póstumas porque se faz homenagem às pessoas que ainda estão com nós”, pontuou o vereador do MDB, Nico Pinheiro. “Uma das profissões mais belas que nós temos é ser professora, apesar dos desafios”, disse a líder dos Progressistas, Aline Ferrari Caeran. “É um momento histórico que reúne duas classes muito importantes para a sociedade, que são os professores e os políticos. Se estivermos sempre juntos, com certeza nossa sociedade será cada vez melhor”, comentou o líder do PSDB, Jorge Alan Souza. “Ser professor é compartilhar conhecimento, propagar informação, fazer o outro crescer, mostrar caminhos, dar as mãos. É manter-se, apesar das dificuldades, apaixonado pela sua profissão”, enalteceu o presidente da Câmara e representante da bancada do PDT, Leandro Mazzutti.
A entrega da Condecoração
Após as falas, foi lido um breve histórico de cada um dos 12 professores homenageados, que foram escolhidos por uma comissão, a partir da indicação dos vereadores e observando critérios como tempo de trabalho, destaque e inovação, contribuição ao sistema educacional e/ou à comunidade e histórico de desemprenho profissional.
Um a um, os vereadores foram entregando a honraria, em formato de uma placa, à professora Ophelia Sunpta Buzatto Paetzold, Maristela Baldin, Neusa Beatriz Alonso, Neli de Fatima da Silva, Elisabeth Maria Milani Tranquilo, Nery Wirti, Natália Ulbrik Basso, Maria do Carmo dos Santos Medeiros, Carlos Trombetta, Inês Bertoletti da Rocha, Sidene Fátima Stieven Buzatto e Sonia Maria Giovenardi. Além das placas, também foi entregue aos homenageados uma rosa vermelha, mais um gesto de amor e gratidão do Poder Legislativo pelo legado deixado por todos esses educadores ao município e à comunidade frederiquense. Ao fim, o presidente da Câmara também entregou uma rosa para a secretária Rosane e à coordenadora Jô, que auxiliaram com a homenagem e também são professoras ou trabalham com esses profissionais.
Ainda foi aberto um momento de fala aos homenageados, que emocionados agradeceram o reconhecimento do Poder Legislativo.
A Condecoração Mérito Educacional Barril
A honraria, que foi uma iniciativa do presidente da Câmara, Leandro Mazzutti, e contou com o apoio dos vereadores de todas as bancadas, foi criada por meio do Projeto de Decreto Legislativo nº 04/2022. A Condecoração será entregue anualmente, no mês de outubro, a 12 professores que contribuíram para o desenvolvimento da Educação no âmbito do município.
Veja como a Sessão Solene aqui!
Histórico das homenageadas
Ophelia Sunpta Buzatto Paetzold
Natural de Frederico Westphalen, decidiu ser professora por ouvir da mãe, que foi a primeira educadora comunitária do Barril, em 1925, e dizia que era um trabalho bom, alegre e gratificante.
Com uma ampla área de formação, desde graduações em Ciências Físicas e Biológicas e Português e Francês, passando por pós-graduações, especializações até Mestrado em Educação, atuou como professora em Porto Alegre, Taquari, Caiçara e na sua cidade natal. Em FW, deixou sua contribuição e auxiliou na formação de milhares de alunos que frequentaram as Escolas Cardeal Roncalli, Nossa Senhora Auxiliadora, Colégio Agrícola e José Cañellas, dentre outras, além das instituições de ensino superior: FESAU, UFSM, IESAU e a FURI/URI, somando mais de 54 anos de profissão.
“Ser professor é exercer uma profissão altamente humana e desafiadora, constituindo-se em permanente processo de formação e de conquistas pessoais e profissionais”.
Maristela Baldin
Iraiense, Maristela já está há 12 anos no exercício do magistério, uma profissão que escolheu para ser um agente da construção e transformação da sociedade, pois entende que é uma atividade que não acontece só dentro de uma sala de aula, mas também fora dela.
Graduada em Pedagogia e Letras, já atuou em várias escolas de Frederico Westphalen, dentre elas, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Natalia Gadonski, Marechal Floriano, Duque de Caxias, Cardeal Roncalli, Conselheiro Edgar Marques de Mattos, Emei Mãe de Deus, Emei João Paulo, Emei Professora Ceci Capuani, Escola Santo Inácio e Irmã Odila Lehnen.
“Ser professora é uma profissão que, além de ensinar, é saber viver, conviver, respeitar o próximo e aprender com ele”.
Neusa Beatriz Alonso
Filha desta terra, Neusa escolheu a profissão ainda quando começou o segundo grau e tinha um professor de Contabilidade que fazia os alunos despertar o interesse pela matéria, devido a sua didática e conhecimento.
Pela influência, também formou-se em Contabilidade, Estatística e Economia, atuando na Delegacia de Educação, Escola Estadual Técnica José Cañellas (como professora e vice-diretora), e também como diretora do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos e Cultura (NEEJA), totalizando três décadas de dedicação ao ensino.
“Ser professor é orientar o aluno a ser um ser humano melhor, com capacidade e sabedoria para caminhar por conta própria e com uma visualização ao futuro”.
Neli de Fátima da Silva
Neli nasceu em Taquaruçu do Sul, município onde também iniciou sua carreira de professora, por acreditar que através da Educação, do Ensinar e Aprender é possível transformar o mundo.
Formada em Letras, História e Pedagogia e com Pós-Graduação nas áreas, também escreveu e ainda escreve sua história no Barril, com passagens pelas Escolas Francisco Cocco, Irmã Odila Lehnen, Maria Falcon e Vinte e Um de Abril. Já possui 30 anos de profissão, sendo aposentada 20 horas, mas continuando na ativa com 40 horas de nomeação no município.
“Ser professor é ter o ensino como compromisso e o afeto como meio de consolidação”.
Elisabeth Maria Milani Tranquilo
Natural de Frederico Westphalen, escolheu ser professora por conhecimentos passados, por experiências vividas e pela capacidade de fazer a diferença.
Formada em Educação Física e com Pós-Graduação em Ciência do Movimento Humano, exerce a profissão há 30 anos, com atuações nas Escolas Municipais Duque de Caxias, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa e atualmente na Escola Estadual Vergínio Cerutti (CIEP).
“Ser professor é apontar caminhos para o sucesso, é escrever a história do futuro”!
Carlos Trombetta
Inicialmente, a profissão de professor começou na vida do frederiquense Carlos Trombetta como um emprego que surgiu, depois virou vocação, paixão e muito mais. Com graduação e Mestrado em Zootecnia, Trombetta ainda é doutor em Ciências da Semente e possui 42 anos e sete meses de vida dedicada à docência.
Atuou na Escola Estadual Celeste Gobbato, de Palmeiras das Missões, Escola Agrotécnica Federal de Urutai, em Goiás; Escola Agrotécnica Federal de Concórdia, em Santa Catarina, no Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, de 1991 a 2013 e no Instituto Federal Farroupilha Campus Frederico Westphalen, de 2013 a 2021.
“Ser professor é conseguir ter uma empatia com os alunos, transformando-a em simbiose de ensinar e aprender”
Inês Bertoletti da Rocha
A frederiquense Inês Bertoletti da Rocha escolheu ser professora, pois sempre acreditou que a educação é a grande possibilidade de mudança de vida, entendimento e conhecimento do mundo por meio das suas culturas e costumes, de inovar e descobrir através das ciências, e é isso que acaba por dar boas garantias de futuros prósperos às pessoas.
Bióloga, com pós-graduação em Química e Mestra em Educação, iniciou a vida como professora de forma voluntária na Escola Municipal John Oghmann (que existia perto da Igreja Adventista) e na Escola Municipal Dinepe (que funcionava próximo de onde hoje é o INSS).
Como contratada, atuou em educandários de Vicente Dutra, Caiçara e Frederico Westphalen, sendo que neste município trabalhou na Escola Nossa Senhora Auxiliadora; Cardeal Roncalli e José Cañellas, além de Cursos de Pré-vestibular, na Universidade Regional Integrada e também na Escola de Ensino Fundamental da URI, somando um ciclo de 45 anos de sala de aula.
“Ser professora é a realização e o amor da minha vida, onde foi possível doar o melhor que tenho dentro de mim com a certeza de garantir dias melhores no futuro de cada um dos meus alunos”.
Nery Wirti
Natural de Roca Sales, a gaúcha Nery Wirti foi inspirada por suas professoras, que eram acolhidas na casa de seus pais como integrantes especiais da família, então, foi quase que impossível não seguir o mesmo caminho, ou como nas suas próprias palavras “foi a profissão que me escolheu”.
Nery foi professora do ensino primário com diploma da Escola Normal, atuando como professora de Português e de Legislação e organização escolar no 1º e 2º Graus. Em suas quatro décadas de dedicação ao Ensino, passou pela Escola Estadual de Vista Gaúcha, Natália Gadonski, Sepé Tiaraju, São Cristóvão, Afonso Pena, Cardeal Roncalli e URI na época da FESAU.
“Ser professora não cabe numa frase. Imagina que a professora entra na vida de alguém e nunca mais sai porque se consolida no que ensinou. As almas se entrelaçam”.
Sonia Maria Giovenardi
Também filha do Barril, Sonia Maria Giovenardi não escolheu ser professora, foi escolhida na trajetória da sua vida. Sempre adorou crianças, em especial, as crianças com algum tipo de limitação.
Com Pedagogia em Educação Especial no currículo e pós-graduada em Psicopedagogia, exerceu a profissão por 36 anos, tendo passagem pela Pré-Escola no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora e pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), por onde foi diretora por 11 anos.
“Ser professor é saber compartilhar o conhecimento, mostrar caminhos e acima de tudo ensinar a amar”.
Maria do Carmo dos Santos Medeiros
Natural de Santa Maria, Maria do Carmo sempre foi fascinada pelos seus professores, como eles mexiam com o seu intelecto e tinham a arte de ensinar e fazer o aluno aprender.
Formada em Matemática pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), atuou na Escola Auxiliadora, URI, Curso Pré-Vestibular e na Escola Estadual Técnica José Cañellas, com uma caminhada de 46 anos dedicados à profissão.
“Ser professor é ter o toque mágico da sabedoria”
Natália Ulbrik Basso
A caiçarense Natália Ulbrik Basso escolheu o Magistério por gostar de ensinar e lidar com as crianças, um dom que exerceu por mais de 30 anos, desde que iniciou a lecionar na Vila Carmo, na década de 1970.
Além da sua terra natal, também escreveu sua história na Educação em Frederico Westphalen, trabalhando na antiga Vila Branca, Centro Comunitário e depois na Escola Municipal Maria Falcon, onde se aposentou como diretora nos anos 2000.
“Ser professora é o dom de transmitir ensinamentos”
Sidene Fátima Stieven Buzatto
O fato de sempre gostar muito de crianças levou a frederiquense Sidene Fátima Stieven Buzatto a escolher o Magistério como curso de Ensino Médio. E, com o passar do tempo, compreendeu que aí estava o seu ideal. A possibilidade de poder fazer parte da vida dos alunos e marcá-las por trocas de conhecimentos, de experiências vividas e a possibilidade de fazer a diferença fez com que o seu ideal se tornasse a Educação. Sempre desejou ser a professora que gostaria que os seus filhos tivessem, uma profissional comprometida, consciente do seu trabalho, justa e coerente.
Suas áreas de formação, Magistério, Letras e pós-graduação em anos iniciais a levaram a construir uma trajetória com mais de 35 anos e meio dedicados à profissão, com passagem pela Escola Marechal Castelo Branco, 33ª Delegacia de Educação, Escola Nossa Senhora Auxiliadora, Escola Waldemar Sampaio Barros, Escola Cardeal Roncalli e Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
“Ser professora é a possibilidade de transformar vidas através do conhecimento”.