História

por Câmara Municipal de Frederico Westphalen — última modificação 15/03/2016 09h29
Colaboradores: Assessoria de Comunicação - 2015, Philipe Pires
História do Município de Frederico Westphalen e do Poder Legislativo

O município de Frederico Westphalen está localizado na região do Médio Alto Uruguai, Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, com área territorial de 264,976 Km2 e uma estimativa populacional de 30.251 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE de 2013. Está distante 428Km da capital do Estado, Porto Alegre, com acesso pela Rodovia Federal BR 386 e ligações secundárias pela RS 472 e RS 150.  Nosso município destaca-se na região do Médio Alto Uruguai por ser o maior Município, sendo popularmente conhecido como a “Princesa do Médio Alto Uruguai”, título conferido através da Lei Estadual nº 13.801/2011.

A história relata que os primeiros viajantes que por aqui passaram tinham como destino as águas medicinais do Prado e do Mel, hoje municípios de Vicente Dutra e Iraí. De acordo Padre Vitor Battistella, um dos primeiros habitantes a fazer o resgate histórico do Município, os primeiros andantes vieram para a região “trazidos pela fama da riqueza destas terras e aqui ficavam pé corajosamente, com a valentia dos pioneiros e a coragem de bandeirantes, abrindo clareiras, rasgando as matas e erguendo ranchos…”(Battistella, 1969).

Da antiga “Colônia Guarita”, pertencente ao atual município de Palmeira das Missões, foi criado em 1918 o Distrito de Fortaleza que tinha como divisas os rios Uruguai, Várzea, Braga, Fortaleza e Guarita.

Os primeiros comerciantes foram Domingos Galvão Bueno e Dulce Chaves, que instalaram-se no então chamado Rincão da Fortaleza. No ano de 1918 chegou de Ijuí o Senhor Antônio Zanatto, estabelecendo-se com a casa de comércio regular. Nos anos seguintes chegaram até Fortaleza numerosos colonizadores povoando o distrito, e em 1918 começou a abertura da picada para a construção da estrada rumo às Águas do Mel.

Em 1919 chegou até o Distrito de Fortaleza a comitiva destinada pelo Dr. Frederico Westphalen para a construção da estrada que ligaria o distrito até as Águas do Mel. Contudo, com a construção da estrada e o aumento do fluxo, o abastecimento de água estava escasso.

Dentre os membros da comitiva estava o Senhor José Copatti, popularmente conhecido como “Beppi Feio”, que então foi designado para ir até o armazém mais próximo a fim de adquirir suprimentos. Ao retornar, Beppi Feio trouxe consigo um barril vazio, que foi destampado e enterrado próximo a um córrego, onde foi lascada uma grossa taquara  e adaptada à moda de bica.

O barril ganhou o nome, marcou o local e ficou famoso e tornou-se um atrativo entre os viajantes. Mais tarde o vilarejo passou a denominar-se Vila do Barril.

A comunidade, através de alguns cidadãos, decidiu por escolher um nome oficial para a Vila. Em 09 de outubro de 1927 ocorreu uma reunião nos “fundos” do Hotel Castelo, sendo acordado por todos os presentes que o nome deveria homenagear ao primeiro Chefe do Escritório da Comissão de Terras: Frederico Westphalen. Têm-se registros de que Frederico Westphalen estava presente na reunião, mas ficou contrariado com tal decisão. Mesmo assim, em 15 de novembro de 1928, através do ato 30 assinado pelo Intendente de Palmeira, foi oficializado o 13º Distrito de Frederico Westphalen pertencente ao município de Palmeira das Missões (FERIGOLLO, 2004).

O desejo pela emancipação do Distrito de Frederico Westphalen foi despertado após a criação do município de Iraí em 1933. De acordo com Ferigollo (2004) o movimento emancipacionista teve início em 1950, através de uma reunião convocada pelo Padre Vítor Battistella. Já ano de 1953, no dia 23 de agosto, nas dependências do Clube Recreativo e Cultural Harmonia, uma assembleia foi realizada, fortalecendo o movimento emancipacionista do Distrito.

Em 1º de setembro de 1953, foi aprovada a Lei 2.116 que tratava da criação de vinte novos municípios no Estado do Rio Grande do Sul, entre eles: Frederico Westphalen, Gramado, Esteio, Espumoso, Nova Petrópolis, Ibirubá, Marau e Não Me Toque (FERIGOLLO, 2004). Tal fato causou alegria aos Distritos que buscavam independência e insatisfação por parte dos municípios mãe, como no caso de Palmeira das Missões, que buscou invalidar a Lei. Em plebiscito realizado com a comunidade, prevaleceu o “sim” e em 15 de dezembro de 1954, o Governador Ernesto Dornelles assinou a Lei 2.523 aprovando a criação do 98º município do Estado: Frederico Westphalen.

 

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